quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O NOVO DE NOVO - Roberval Paulo


Mesmo que o sonho 
              fosse algo inatingível

E se o som 
        inaudível se tornasse

Mesmo que as horas 
             teimassem em não passar

E se o tempo 
        não mais fosse a prosseguir

Seria enfim, 
         o fim chegando aos tropeços

Seria assim, 
         um começo sem ter fim

Seria a aurora 
         começando à meia noite

Seria a noite 
         se completando em mim...

Roberval Paulo

NOVO PROGRAMA DE VIDA - Roberval Paulo


É necessário, é urgente. Precisamos nos mexer. 
É preciso incutir mesmo no meio da gente a solidariedade. 
Não a solidariedade de mídia, da mídia, da televisão. 
Aquela que mais mostra e se pré-paga do que beneficia. 
Aquela que muito vende e quase nada se compra. 
Que comercializa os produtos pobreza e miséria e não se solidariza com estes.

É urgente uma nova postura; um novo conceito social. 
É de urgência urgentíssima o estabelecimento e estruturação de 
                                                                                        um novo programa de vida. 
Um novo programa de vida que conceitue a sociedade como um todo, digna de um tratamento igualitário pelos governos e por esta mesma sociedade.

Um novo programa de vida que nos faça dar a nós mesmos 
o respeito que merecemos e que tanto almejamos e necessitamos.

Um novo norte, novo horizonte, novo caminho.
Uma nova visão e uma nova postura.
Um novo ainda mais novo do que o novo que envelheceu em nós.

O novo que nos foi apresentado pela boa nova de Cristo, e que nós, 
envelhecidos de novo em velhos e novos conceitos 
seduzidos pela força do material, 
fomos espiritualmente a envelhecer.

O novo que nos traga de novo
o amor ao próximo e a Deus sobre todas as coisas

O novo
que se renova
a cada manhã
no amor de Cristo!

Roberval Paulo

RONALDINHO GAÚCHO ESTARÁ EM PALMAS NA FINAL DO ESTADUAL



O meia Ronaldinho Gaúcho, do Atlético (MG), pode prestigiar a final do Tocantinense. A informação é do representante do Banco BMG, no Tocantins, Osvaldo Durães. Assim como a instituição está trazendo Dadá Maravilha para abertura do campeonato no próximo sábado, a empresa já sinalizou para vinda do astro ao Tocantins. O jogador viria num jatinho do próprio presidente do BMG.
Além disso, o o Banco BMG vai patrocinar a vinda de um dos maiores ídolos do Atlético (MG) e de vários clubes pelo Brasil, o ex-atacante Dario, o Dadá Maravilha, que além de estar na abertura do Campeonato Tocantinense deste sábado ele irá nos outros finais de semana as cidades de Gurupi, Porto Nacional, Araguaína e Tocantinópolis. Segundo Durães a cada final de semana Dadá será uma atração para os torcedores destes locais. E na final do campeonato, Dário e Ronaldinho Gaúcho vão estar desfilando no gramado do local onde acontecer a decisão.

Alo Esporte.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O UNIVERSO ALÉM DA MATÉRIA - Roberval Paulo


Pouco me avizinho ou me entendo 
com relação às evidências extemporâneas que acometem os seres humanos 
em suas místicas sintonias com o universo além da matéria. 
Mas, por inúmeras vezes, deparei-me comigo, desvestido de mim, 
livre do peso material que meu ser carregava, 
embrenhando em campo imaterial como só de espírito fosse eu batizado, 
aquele andar apressado, de pés sem tocar ao chão 
e distâncias longas vencidas por um simples e atemporal salto, 
no tempo a romper estradas que a terra não cobriu, 
estradas de luz e nuvem, de anjos e celestial 
que não sei eu onde estou mas de sensações distantes dessas sensações terrenas, sensações de amar e plena de claridade divina, 
novena em mim que se finda sem chegar ao seu final, 
pois foi só mesmo a viagem que muito me alegrou 
em saber que um outro lado existe e lá tem paz, 
tem gente bem diferente das gentes que vivem aqui, 
lá não se sente nem dor, só mesmo enlevo e prazer, 
lá ninguém se desespera, não se mata nem se morre, 
lá é como o vento norte na direção natural, 
que sopra, sopra e soprando areja e carrega a vida, 
um universo além da pobre matéria irreal.

Roberval Paulo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Blog Roberval Paulo: O TEU SONHO - Roberval Paulo

Blog Roberval Paulo: O TEU SONHO - Roberval Paulo: Sabe, o teu sonho Aquele sonho que é só teu Ele está plantado lá no fim daquela estrada E lá também estará o seu amor, Aquela e...

O TEU SONHO - Roberval Paulo


Sabe, o teu sonho
Aquele sonho que é só teu
Ele está plantado lá no fim daquela estrada
E lá também estará o seu amor,
Aquela espera que nunca se desespera
Aquela mulher que tanto te espera
E que nunca apareceu

Lá também estará
Sentado a te esperar
O teu pensar dentro do teu coração
Aquele pensar que se vê realizado
Um pensar de quem já não vê passado
É só presente e futuro em sua mão.

Roberval Paulo

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Blog Roberval Paulo: ESPERANÇA - Roberval Paulo

Blog Roberval Paulo: ESPERANÇA - Roberval Paulo: Tudo passa Todos passam A vida passa E nós ficamos Ficamos a esperar Que a vida passe e nos leve Que o sonho passe e carregu...

ESPERANÇA - Roberval Paulo

Tudo passa
Todos passam
A vida passa
E nós ficamos

Ficamos a esperar
Que a vida passe e nos leve
Que o sonho passe e carregue
A nossa esperança vã

Que dizem nunca morrer
Que dizem sim, vai chegar
E o vento chega e descansa
No sol da virgem manhã
A nossa desesperança

Mas ainda assim ela vive
A esperança imortal se faz
Nós somos tão pequeninos
Nós precisamos ser mais
Desesperar não é luz
Desesperar não é paz
Então vamos a esperar
A nossa desesperança
Outra vez se esperançar.

Roberval Paulo

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

DO OUTRO LADO DA VIDA - Roberval Paulo


Não fui lá para saber como é e confesso que eu não tenho ideia de como é
e nem sei quando é a hora da chegada ou da partida e não imagino como possa ou deva ser
o mundo do lado de lá, do outro lado da vida.

Penso às vezes que nada existe daquele lado de lá onde tudo é mágico.
Onde tudo flui ao natural qual sendo as águas caudalosas do rio que desce ao mar e nem sabe existir o caminho de ao seu curso voltar.

Mas como falar de lá se lá não estive? Como saber de lá se quem foi jamais voltou?
Penso um dia desvendar esse mistério
Penso um dia conhecer este segredo.

Mas como conhecer um caminho que não volta?
Como enfim regressar numa estrada que é só ida?
Como poder descansar num leito desconhecido que de terra é o cobertor e a alma segue vagando,
sem corpo, a alma viva?

Quis fazer essa viagem e sonhei sendo levado por um anjo decadente que tinha as feições da morte e até foice carregava com sua túnica de branco tão negra que nem luzia
e ia a levar a vida para além da vida matéria.

E além do vale abissal o precipício se abria e o corpo se redimindo ao precipício chegava e a sua casa o esperava e ele nela dormia o sono eterno do nada. E a alma se rebelava e o corpo ela renegava, abandonava o que era o seu casulo de cêra e este se desmanchava no chão que a tudo comia. E a alma, nova, andava, seus pés voando no dia e a noite ela perseguia buscando a luz que foi sua quando sorria na rua da casa do seu amor.

E a alma quis regressar. Eu pensei em regressar e fui assim agarrado por dez mãos, sete cabeças e um corpo desengonçado que mais parecia um santo mais um santo desviado que louco e desesperado não me deixava voltar.

Não era maldade sua que em mim se agarrava era porque tinha visto em mim uma companhia. Do outro lado da vida solidão muita eu vi, anjos vagando sozinhos procurando por seus corpos que ficaram em outro plano dali bem distanciado, distância essa impossível de vencer só com vontade.

Consegui desvencilhar-me de mãos e pés me segurando e me mandei dali fugindo pés correndo e alma pensando pois em mim estavam juntos alma e corpo eram um só e foi minha salvação essa junção esse conjunto e percebi nesse momento ser existente dois mundos um de alma outro de corpo que se encontram aqui no seio da nossa terra na hora do nascimento e juntos seguem vida afora até chegarem juntinhos na encruzilhada da sorte, o mesmo ponto da morte, para ali se separarem e assim se desgrudarem e não mais serem um só e agora feitos em dois o que antes era um só cada um segue sozinho o seu mais novo caminho e nada sabe um do outro nem nada do que viveram, são em si seres estranhos que nem memória carregam pois foi tudo deletado no exato e real momento da inevitável separação.

Cada um no seu quadrado, o corpo deitado em terra a se fundir e se encontrar com a sua parte maior, a terra, a mãe de todos, a alimentar sabiás e laranjeiras e matas e águas e até novos sonhos e a alma no seu espaço busca o vazio do verde e vaga só e sem corpo, só espírito a vento tocada a procurar pela luz que está em qualquer lugar do universo esquecida e que é alimentada por novas almas a chegar cujo destino é vagar e vagando vai renascer em nova vida explodida fundida à vida matéria em nova missão investida.

E quem vai, de nada leva, quem fica, de nada sabe, quem volta, nada não trás, são seres virgens em começo início de um novo ciclo que vai rodar e alcançar o outro lado da vida onde tudo é o fim do fim chegando aos tropeços e ao seu começo que vai findar quando a página do velho mundo virar e quem foi de lá será ao outro lado jogado e nunca mais os dois lados vão querer se separar pois a estação da chegada é a mesma da partida e o lado de cá será o outro lado da vida.

Roberval Paulo

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A CASA DA SEREIA - Roberval Paulo


No fundo do mar, bem lá no fundo, no lugar encantado do mar existe casa. Casa mesmo, de verdade; casa de tijolos e telha, casa seca, com móveis, colchão macio, geladeira, fogão, churrasqueira; é, dá até pra se fazer churrasco. Tem chuveiro quente, varanda... quintal com árvores, flores e pardais.

É lá que habita a sereia do mar. Quando desencanta, é claro. E lá ela é mulher de verdade, a mulher mais linda do mundo, e com duas pernas, igual as das outras mulheres e com tudo o mais de mulher. Lá ela não tem calda de peixe não. Lá ela é mulher de verdade, de verdade mesmo e que sabe tudo de amar e de amor.

Bobo que não sou, é lá que eu quero ir; é lá que eu quero chegar. Só aguardo a aparição da sereia pra me mandar daqui e seguir com ela. Quando ela aparece, te atrai. E se te beija, você se encanta com ela e aí, não se afoga, pode ir no fundo do mar até a casa da sereia. E lá, depois do encanto, você será um homem feliz e terá do seu lado a mulher mais linda do mundo e também o seu amor. Felicidade eterna, posto que lá não se envelhece. Lá o tempo não passa, pois lá não se vê a luz do sol. Tudo debaixo do sol passa, porém, lá é diferente. Como não é iluminado; não é alcançado pela luz do sol, essa morada fica imune a ação do tempo.

Só existe uma situação em que tudo pode mudar. Não se pode perder o amor da sereia amada. É diferente da vida aqui, acima das águas e debaixo do sol. Ela precisa estar apaixonada sempre. E para isso, tu precisas lhe devotar todo o amor do mundo, amá-la todos os dias e noites, satisfazer todos os seus caprichos e desejos, dedicar  todo o seu tempo de vida  à sereia amada. Ela, realmente, precisa estar sempre apaixonada, porque senão, desfaz-se o encanto. Se ela se desencantar de você, ela se veste de sua calda de peixe e vem à praia seduzir um outro amor. E se isso acontecer, você já é passado pra ela. E como a vida no fundo do mar; a vida de casa de sereia é imune a ação do tempo pela ausência da luz do sol, isso quer dizer que lá o passado não existe, e, consequentemente, você também não mais existirá, desaparecendo como que em um encantamento, extinguindo-se na imensidão das águas, que, por sua vez, notícia alguma darão de ti, sendo o seu fim eterno, sem direito a uma nova chance.

Então, em se encantando e se enamorando dela, não perca o amor da sereia amada; não dê motivos para que ela venha a deixar de gostar de você. Sede fiel e único em sua vida e assim a terá por toda a eternidade, pois o amor verdadeiro jamais morrerá. O amor perdura por toda a vida, seja lá, seja cá, e, uma vez perdido, despedaça, e, despedaçado, seus cacos nunca mais se juntarão, tanto lá, como cá. Então, seja o seu amor sereia ou mulher; seja lá ou seja cá, ame-a com todas as suas forças, e lealdade, e amor, e dedicação para não vê-la partir, pois, assim acontecendo, na sua partida, tanto lá, como cá, se dará o desencanto, o desencanto do amor e aí, será tarde, porque, com ou sem a ação do tempo, o gatilho apertado não trás mais a bala de volta. É assim no amor. Uma vez perdido, a estrada se torna triste e você, sozinho, e, sozinho, é nada e o nada se extingue, seja nos segredos do espaço ou no mistério das águas, passando a ser só saudade. Saudade sabe, daquelas que não se vê e não se toca, só se sente. Sentimento inaudível, inexplicável, insolúvel, só sentimento. De sentir e de doer, enquanto o tempo, tanto lá, como cá, se esquece das horas; se esquece de si próprio e acelera sua marcha rumo ao incerto e sabido, o único mal... ou bem... irremediável, que amarga a face do nosso destino sobre este... ou outro mundo. Não vou mais querer ir à casa da sereia.

Roberval Paulo